domingo, 28 de julho de 2013

O que o corpo faz diante do perigo?

Quando um estímulo é identificado como risco, é acionado o hipotálamo - parte do cérebro responsável pela reação de luta ou fuga. Duas coisas então acontecem. Ele ativa o sistema nervoso simpático (responsável por atividades autônomas do corpo como pressão arterial e sono), que manda as glândulas suprarrenais liberarem adrenalina e noradrenalina. Ao mesmo tempo, a hipófise, vizinha do hipotálamo, produz o hormônio adrenocorticotrópico, que por sua vez faz as glândulas suprarrenais soltar outros 30 hormônios. E aí acontece o seguinte: 

1. A pupila se dilata. 
2. Vasos sanguíneos contraem levando o sangue da pele para órgãos internos. 
3. Os músculos se tensionam. 
4. O suor vem para resfriar o corpo. 
5. A respiração se acelera para captar mais oxigênio. 
6. O coração bate rápido para aumentar o fluxo de sangue. 


FONTES:http://super.abril.com.br/saude/coisas-nosso-corpo-faz-732268.shtml(Fonte do site: Mark Buchfuhrer, médico americano especialista em distúrbios do sono; Catriona Morrison, psicóloga cognitiva da Universidade Leeds. foto: Mark Kostich)

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Por que não conseguimos fazer cócegas em nós mesmos?

A resposta está na função evolutiva das cócegas - elas eram um alerta de que animais perigosos passeavam por nosso corpo, nos tempos em que dormíamos e caçávamos no meio do mato. O movimento de uma aranha ou um escorpião sobre nossa pele ativa o córtex sensorial primário, que provoca uma reação em cadeia. Sentimos pânico, e ele se expressa na forma de risadas nervosas e incontroláveis. É por isso que muitas pessoas já começam a rir só com a ameaça de cócegas - o Instituto Karolinska, na Suécia, fez o teste com voluntários e descobriu que, nessas situações, eles ativam a mesma região encefálica. 

Só que é difícil enganar o cérebro: quando tentamos provocar essa reação em nós mesmos, usando nossas mãos ou outros objetos, ele não interpreta como sinal de perigo. O cerebelo, região responsável por coordenar o movimento dos músculos, não cai na pegadinha e desliga o alarme de pânico. Mesmo as pessoas que sentem mais cócegas (elas são mais sensíveis porque têm mais receptores táteis na pele) não conseguem provocar a reação nelas mesmas. Nem na sola do pé ou nas axilas, lugares que concentram muitos desses receptores.